quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Primeiro Capitulo [1 / 6]

Essa história parece ser um romance comum. Duas pessoas se apaixonam, enfrentam obstáculos e lutam em nome do amor. Essa história não era para ter o final que esperava, era para terminar tudo bem, devia terminar assim, e desse modo Kya continuava a se lamentar em sua poltrona no canto da janela.

Vamos ao inicio. Em uma dessas super capitais movimentadas, dessas que são cheias de avenidas, passarelas, arranha-céus, pessoas, carros e lojas, uma jovem de longos cabelos negros olhava para o relógio atordoada, estava atrasada, não podia de forma alguma atrasar-se para a aula. Kyarameru Write, era mais uma colegial, estava finalmente completando o ensino médio, estava preparando-se para a vida universitária, e na noite passada havia reparado que seus seios estavam crescendo um pouco mais, será que era assim que se mudava para a vida adulta? Kya não era muito alta, mas possuía um corpo delicado e encantador, era dona de um dom de saber lidar com as palavras, toda vez que suas mãos seguravam uma caneta e a fazia repousar sobre um papel, surgia textos belíssimos e surpreendentes. Não é preciso ir muito longe para perceber que essa jovem era uma daquelas românticas dos contos de fadas.

Andou mais um pouco, sempre olhando para o relógio. “Ponteiro, por que você não para um pouco? Senhor ponteiro, você parece cansado, por que NÃO PARA?!”, e desse jeito ela conversava baixinho com seu relógio que continuava mostrar que ela estava atrasada. Chegou então sem perceber ao colégio, e do mesmo jeito distraída, acabou tombando em alguém e caiu no chão.

- Tsc... Que droga, quem colocou essa pessoa na minha frente?- resmungava enquanto esfregava a mão na testa.
- Sim, sim, Senhorita Write, mais uma vez atrasada. Kya, já pensou em comprar um despertador?

A voz vinha de uma garota loura um pouco maior que Kya. Ao abrir os olhos, a jovem desastrada sorriu, o que via não era ninguém menos que sua melhor amiga, Hana Bridget.

- Oh Hana, eu juro, meu travesseiro disse que estava doente, e eu não pude deixá-lo sozinho... Sabe como são as doenças de hoje em dia.
-Sim eu sei, e você sofre de uma gravíssima, se chama sinismo. Agora levanta desse chão, para de falar com o seu relógio, e entra já na sala.
- Jä main Führer! – Dizia fazendo uma continência dos alemães quando saudavam Hitler.

Entrou tentando não ser notada, era aula de Química, será não existia uma aula sem menos cálculos e reações empíricas? Afinal, você ter que imaginar uma molécula se movimentar, trocar elétrons e se juntar com outra molécula, é completamente surreal. Ela não sabia se o pior era a Química ou o professor, e era dele que ela tentava quase que inutilmente não ser notada.

- São sete e trinta, Kya...você sabe que não posso deixar você entrar.
- Queridíssimo professor, é claro que você pode, afinal, o senhor não está me vendo, na verdade eu estou sentada no meu lugarzinho de sempre na frente da Hana, eu só vim aqui dizer como o senhor está bonito hoje.
- Cai fora Kya, espera pelo segundo horário.

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